O ar que respiramos é constituído por vários elementos, nomeadamente oxigénio e nitrogénio. E marcas. Muitas marcas.
Bem-Vindo ao Mundo das Marcas
Trabalhamos para uma marca. Ou para várias marcas. E quando reformados, recebemos dinheiro de uma marca, pública ou privada. Enquanto somos estudantes, pagamos propinas a uma marca. E diariamente, vestimo-nos com marcas, depois de tomarmos duche com uma ou mais marcas. Sentamo-nos à mesa, para nos alimentarmos com marcas, compradas numa marca. E pela noite, perfumados com uma marca, vamos jantar fora a uma marca, referenciada por outra marca, onde existe um chef que marca. E em comunhão, brindamos com uma marca com os amigos que também nos marcam com as suas marcas.
Uff! De facto, dois terços do planeta estão cobertos de água. O resto está coberto pelas marcas. Podemos amar as marcas, odiá-las, ou ignorá-las. Mas é difícil viver sem o poder informativo, diferenciador e influenciador da Marca.
Marca. A lingua mais falada na Sociedade de Consumo
Com a eficiência de um GPS, a marca ajuda-nos a navegar pelas prateleiras de consumo, ou pelos corredores dos serviços. Responde às necessidades mais básicas, e acalma as nossas maiores inquietudes, satisfazendo aqueles desejos que não conseguimos explicar.
Vivemos numa sociedade de consumo onde a marca é a língua mais falada. E sendo certo que também temos o preço, o produto, a publicidade, entre outros atributos, a verdade é que estes não são mais do que dialetos, que convergem para uma linguagem mais evoluída, como os rios se dirigem para o mar, onde a Marca é um oceano de promessas e percepções.
Quer tomar um cafézinho?
Seria fácil viver sem marcas? Para o ajudar na resposta, peço-lhe que escolha uma das cápsulas de café na imagem seguinte.
Ambas as cápsulas contém café da mesma categoria. E o mesmo formato de embalagem. Todavia, a escolha torna-se difícil se não tivermos a indicação da marca.
Uma das cápsulas custa 5 vezes mais que a outra, porque pertence a uma marca premium, enquanto a outra é uma marca-própria. A ausência de marca gera uma indefinição e uma insegurança na escolha. A primeira cápsula é da marca Nespresso, e a segunda é da marca Continente. E agora qual das marcas escolhe?
Se a sua motivação de compra for funcional, escolherá provavelmente a marca Continente, cuja proposta de valor se baseia na racionalidade do binómio preço-qualidade. Se a sua motivação estiver no território dos desejos, irá escolher o valor simbólico adicionado pela marca Nespresso, cujas associações de marca nos remetem para o território das emoções e das sensações. Tal com um pires precisa da chávena, também as dimensões funcional e emocional se conjugam para criar a Marca. E agora que já escolheu o seu café, convido-o a continuar a leitura ao longo deste blog, para continuarmos esta partilha de conhecimento.
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